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O que pretendemos

  • Reverência às deidades e mistérios gregos pré-cristãos.

  • Conexão com os ancestrais, honrando Héstia como a deusa do coração, do fogo e do lar. Dentro de um contexto moderno, isso significa um interesse pela família, no seu mais largo senso, seja ele relacionado ao sangue, ao espírito ou a laços de afinidade.

  • Um conexão com o passado helênico. Nós nos esforçamos para ser historicamente (e mitologicamente) acurados o máximo que as evidências permitem. Quando falhas na evidência ou na realidade da vida moderna acontecerem, faz-se necessário criar algo novo, que deve ser:

    • Tão consistente quanto possível com o que sabemos da grécia antiga e suas colônias desde acima do Mediterrâneo até o ponto do fim do Oráculo de Delfos na história; e

    • Claramente apresentado como uma inovação recente. Nós franzimos a testa quando vemos uma tentativa de anunciar algo moderno e inventado como se fosse algo antigo e histórico com finalidade de dar-lhe autoridade (e negociabilidade!) que não merece.

  • Um equilibrado acesso à compreensão da religião grega que se fia tanto na erudição quanto nas inspirações poéticas sem perder-se um do outro.

  • Inclusividade. Enquanto nós reconhecemos a importância de um componente ético na tradicional religião grega, nós procuramos reconstruir a cultura religiosa dos antigos, e não a sociedade deles. Portanto, nós não nos fiamos em genealogias ou geografias para determinar QUEM é um politeísta helênico. Assim como os Mistérios Eleusinos eram abertos a quem pudesse entender a linguagem grega, nós também somos abertos a todos que cultuam a tradição grega antiga nos dias de hoje.

  • Respeito aos homens e mulheres, independente de etnicidade, cor, credo, posição social, orientação sexual, ou habilidade física.

  • Um código moral inspirado pelas máximas délficas que enfatizam o seguinte: conhecer-te a ti mesmo, nada em excesso, e o respeito por si, pelos outros e pelos deuses.

O que não pretendemos

Como estamos interessados na precisão história, os ritos públicos dos helênicos não incluem:

  • Nenhuma das interpretações de filosofias herméticas e mágicas que emergiram durante a Renascença Européia (não as tradições por elas mesmas, mas suas interpretações da Renascença) e/ou seus modernos movimentos religiosos que desde então foram assim inspirados (tais como a Wicca, o neo-xamanismo etc).

  • Ecletismo (no sentido de algo oposto ao histórico sincretismo; combinando o helenismo antigo com outras tradições culturais que não foram combinadas historicamente).

Conceitos da ética helênica

  • Agon - competição. A vida não é harmoniosa, mas cheia de conflito, mesmo entre os Deuses. Através do conflito, podemos aprender melhor sobre nós mesmos e fazer nosso caminho no mundo. Os gregos não acreditavam nem em "Não prejudique ninguém" nem em "Ame seus inimigos". Amigos são amados e ajudados - inimigos são combatidos.

  • Aidos - modéstia, propriedade e consciência social. Similar ao Sophrosune: auto-controle, prudência e discrição. Estas desejadas qualidades equilibram a crença em Agon.

  • Eusebia - piedade. Observância de rituais, diligência com os Deuses. A ênfase está na ação correta (ortopraxia) mais do que na crença correta (ortodoxia). O oposto é a Asebia (impiedade): falha em observar rituais ou levar um crédito pessoal demais pelos trabalhos dos Deuses. Então a Deisidaimonia (superstição, literalmente "medo dos Deuses") é o outro extremo negativo: rituais excessivos, uma aparente desconfiança ou super-dependência nos Deuses. Isso era considerado degradante para uma pessoa e aborrecedor para deuses.

  • Miasma - poluição. Adquirida por se engajar em atividades mortais ou entrar em contato com a morte, o que se pensava ser ofensivo aos Imortais (Deuses). Sexo, carnificina, doença, impureza física, ou contato com os mortos criava o miasma. Bacias de khernips, ou água lustral (criada ou misturando-a com sal ou com um ramo em chamas) eram mantidos na entrada dos templos para limpar as mãos e rostos das pessoas antes de entrar, ritualmente purificando-as do miasma.

  • Temenos - espaço sagrado. Literalmente "recortado", um espaço santificado contendo um altar, talvez um templo, na antiga Grécia normalmente cercado por um muro baixo ou outro marcador. O altar é geralmente baixo, um pilar retangular, que mantém um fogo para consumir as oferendas. Em casa, o fogo do piso da lareira é comumente usado como um altar.

  • Thusia - sacrifício. Sacramento e prática da religião. O sacrifício pode tomar a forma de:

    •  Ofertas Votivas - feitas em acordância com um voto aos Deuses.

    •  Libações - ofertas líquidas ou de bebidas, normalmente vinho, óleo, mel e leite

    •  Primeiros Frutos - primeiros produtos da colheita ou a primeira parte da refeição de alguém

    •  Sacrifício de Sangue - oferta de partes não-comestíveis de animais, o resto consumido pelos participantes do ritual. Esta é essencialmente uma refeição em comum compartilhada pelos Deuses e mortais.

  • Timé - glória, aclamação. Um objetivo de vida nobre ou esforçada. O orgulho é valorizado, ao menos que ele se cruze com a Hybris, que é um orgulho arrogante e destrutivo. Até mesmo a postura durante a prece reflete um orgulho saudável: a pessoa ficando de pé com os braços erguidos e as palmas viradas para o(s) Deus(es) a quem ela se dirige.

  • Xenia - Amizade convidativa, hospitalidade. O anfitrião e o hóspede/convidado são unidos por concordâncias especiais de amizade, proteção e reciprocidade. Tal relacionamento não é muito diferente do relacionamento entre um cultuador e um Deus.(Compilado e escrito por Carolyn Hanson, 2004. Traduzido pela Alexandra Oliveira.)

VOCABULÁRIO
NOSSA EQUIPE

Princípios e máximas

PRINCÍPIOS DE SÓLON:
01: Confie mais em um bom caráter do que em promessas.
02: Não fale falsamente.
03: Faça coisas boas.
04: Não seja precipitado em fazer amigos, mas não os abandone uma vez feitos.
05: Aprenda a obedecer antes de comandar.
06: Quando der conselho, não recomende o que é mais agradável e sim o que é mais útil.
07: Faça da razão o seu comandante supremo.
08: Não se associe com pessoas que fazem coisas ruins.
09: Honre os Deuses.
10: Tenha consideração por seus antepassados.

MÁXIMAS DÉLFICAS PRINCIPAIS:

Conhece a ti mesmo.
Nada em excesso.
Ajude os amigos.
Controle sua raiva.
Afaste-se de atos injustos.
Reconheça coisas sagradas.
Continue aprendendo.
Louve a virtude.
Evite os inimigos.
Cultive os parentes.
Compadece-te dos suplicantes.
Efetue o seu limite.
Quando errar, se arrependa.
Considere o tempo.
Cultue o divino.
Aceite a velhice.

Para todas as Máximas Délficas (português e grego), além de uma explicação maior sobre elas: Máximas Délficas Completas>>

Nossa história

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Alexandra Oliveira

Fundadora do RHB

"Comecei a estudar o politeísmo helênico (em 1998, tendo começado com a mitologia grega em 1996) através de alguns grupos estrangeiros do Yahoo, pois não havia um site ou grupo em português para isso, os poucos que existiam eram ou sobre mitologia ou história, não relacionados a uma verdadeira religião ainda acontecendo.  Eu era membro de alguns Thiasi on-line e senti a necessidade de reunir informação sobre minha crença em minha própria língua, então comecei a pedir permissão a alguns autores para traduzir coisas para minhas práticas de culto e colocá-las em algum lugar on-line. Também importei vários livros para estudar. Então veio a Hellenion e o Neokoroi e outros dos EUA, os quais eu seguia, e mais tarde encontrei o website grego do YSEE. O primeiro site brasileiro (e primeiro em língua portuguesa) sobre o reconstrucionismo helênico construí em março de 2003 na Geocities, mudando depois para o GooglePages, forumeiros e GoogleSites. Naquela época, comecei a receber vários e-mails de brasileiros perguntando coisas, esclarecendo dúvidas, e percebi que não estava sozinha em meu serviço aos Deuses. A partir dai, tivemos algumas pessoas que nos auxiliaram como orientadores e membros formados, como Thiago, Sarah, Jota, Antonio, Janilson, Cinara e Natália (até 2017), Dionaea e o Duggan (ainda hoje). De 2011 a 2015 fui do corpo diretor (prutaneis) da organização americana Hellenion. O podcast Helenocast começou em 2021.

As atividades do RHB podem ser acompanhadas nos nossos canais oficiais."

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