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MUSAS (Clio, Euterpe, Tália, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polímnia, Urânia, Calíope)

Domínios: Música, Canção, Dança, Artes

Animais: Pomba

Símbolos: Lira (cítara e bárbito), Grinalda de louros, Baú de pergaminhos, Pergaminhos; Caliope: tábua de cera e caneta / Clio: pergaminho / Erato: pequena lira / Euterpe: flauta dupla / Melpomene:  máscara trágica, coroa de folhas de hera, atributos do herói sobre o qual ela inspirou a escrever (como a clava de Héracles ou a espada de Perseu) / Polymnia: véu / Terpsichore: lira / Thalia: máscara cômica, coroa de folhas de hera, e cajado de pastor / Urania: globo celeste

Ofertas: Olíbano

Epítetos: Aoide (canção, uma das musas originais), Caliope (da bela voz, a mais nobre das musas, preside a canção épica), Clio (a que exalta, é a musa da história), Erato (a amável, é a música da poesia erótica), Euterpe (a que alegra, é a musa da canção lírica), Hypate (uma das musas originais), Melete (meditação, uma das originais também), Melpomene (a que canta, musa da tragédia), Meses (uma das originais), Mneme (lembrança, uma das originais também), Nete (outra das originais), Polymnia (rica em hinos, musa das canções sagradas sérias), Terpsichore (a que se alegra na dança, musa da dança), Thalia (a que floresce, musa da comédia e poesia bucólica), Urania (a celeste, musa da astronomia)

Festivais: Museia (a cada cinco anos, na Thespiae)

Hino Homérico XXV: Às Musas e Apolo

Que pelas Musas eu comece e por Apolo e Zeus.

Pelas Musas e pelo flechicerteiro Apolo

homens aedos sobre a terra há e citaredos

e por Zeus reis. Feliz quem as Musas

amam: doce lhes flui da boca a voz.

Salve, filhas de Zeus, e honrai minha canção

Depois eu vos lembrarei também em outra canção.

(tradução de Rafael Brunhara)

 

Hino Órfico 76 - às Musas (fumigação de olíbano)

Filhas de Memória e Zeus altissonante,

Musas Piérides, magno nome, esplêndida fama:

multiformes, as mais desejadas aos mortais, a quem vos mostrais,

engendrando a virtude impecável de toda a cultura,

nutrindo almas e ordenando pensamentos;  (5)

preceptoras soberanas da bem poderosa mente.

Aos mortais indicastes os ritos e a celebração dos mistérios,

Glória [1], Alegria [2], Festa [3], Dançarina [4],

Alegra-coro [5], Amorosa [6], Hinária [7], Celeste [8],  (10),

Belavoz[9] * e  Pura [Agne] divina mãe bem poderosa.

Peço Deusas,  vinde aos iniciados, multivariadas e puras,

trazendo a gloriosa emulação, amável e multi-hineada.

(Tradução: Rafael Brunhara)

 

Hino às Musas, de Proclus

Cantemos a luz que leva pelo caminho do retorno dos homens; 

Glorifiquemos as nove filhas do grande Zeus, 

De luminosas vozes; 

Cantemos á estas virgens que, 

Pela virtude das puras iniciações que  

Provém dos livros, despertadores de inteligência, 

Arrancam dos dolorosos sofrimentos da terra, 

As almas que erram no fundo dos poços da vida,  

Ensinando-as a ocupar-se com zelo 

De buscar e seguir um caminho sobre as correntes 

E profundas ondas do esquecimento, 

E de retornar, puras, ao astro paterno, 

Para  este astro do qual um dia elas se separaram 

Quando, enlouquecidas pelo desejo, dos grosseiros 

Bens da matéria, caíram no áspero mundo das gerações. 

E quanto a vós, oh Deusas, 

Apaziguais o impetuoso impulso que me leva ao delírio, 

E fazeis que as inteligentes palavras que transportem a um santo êxtases! 

Que a raça dos homens que somente sentem medo dos Deuses 

Não me aparte dos caminhos divinos, 

Deslumbrantes e plenos de luminosos frutos! 

Do profundo do caos, 

Perdido pelo suceder em mil caminhos errados, 

Atrai a minha alma que busca sem cessar a pura luz; 

E, completando-a de vossa graça, 

Que possui o poder de aumentar a inteligência, 

Dá-lhe a graça de possuir sempre o glorioso privilégio 

De pronunciar com facilidade as eloquentes palavras 

Que seduzem os corações!

(Tradução de Andre Nogueira)

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