HÉLIO
Domínios: o Sol
Animais: Galo, Cavalo branco
Plantas: Heliotrópio, Olíbano
Símbolos: Auréola (coroa solar)
Hino Órfico (VII) a Hélio, com fumegação de Olíbano e Maná
Ouça Titan de ouro, cuja eterna percepção com ampla visão, ilumina todo o céu.
Autônomo, incansável na difusão de luz, e para todos os olhos reflexos de prazer:
Senhor das estações do ano, com o teu carro de fogo e corcéis saltitantes, radiante luz distante:
Com tua mão direita a fonte de luz da manhã, e com a esquerda o pai da noite.
Ágil e vigoroso Sol, venerável, ardente e brilhante movimento em torno do Firmamento.
Inimigo dos ímpios, mas orienta o bom homem, sobre todos os seus passos dirigindo favoravelmente:
Com vários iniciados, lira dourada, és meu para encher o mundo com divina harmonia.
Pai das eras, guia de ações prósperas, comandante do mundo, conduzido por lúcidos corcéis,
Júpiter imortal [Zeus], tudo penetra, portando luz, fonte de existência, genuíno brilho ardente
Portador de frutas, todo-poderoso senhor de anos, agil e quente, a quem todo poder reverbera.
Grande visão da Natureza e do céu estrelado, destinado com chamas imortais a se por e ascender
Aviando justiça, amante do fluxo, maior soberano do mundo, e supremo sobre todos.
Defensor leal, e o olho direito [correto], regente dos cavalos, e da luz da vida:
Com o chicote iniciático quatro cavalos de fogo você guia, quando no carro do dia você monta glorioso.
Propicie nesses trabalhos místicos brilhar, e abençoe vossos suplicantes com uma vida divina.
(Tradução de Yuzuru Izawa)
Hino a Hélio, de Proclus
Ouça-me, oh rei do Fogo inteligível,
Titã de dourados freios,
Ouça-me, oh custódio da luz, senhor
Que possuis a chave da fonte inicial
Da vida, e que derramas sobre os mundos materiais,
Desde o alto, uma copiosa harmonia.
Ouça-me, tu que no éter está entronizado
No trono central, e possuindo o coração
Do mundo - oh resplandecente círculo -,
Por tua providência excitadora,
Difundiste pelo universo
As mentes capazes de conhecer.
E também (difundiste o conhecimento) nos planetas,
Cheio de tuas viventes chamas,
Enquanto que na terra
Chovem sementes de vida, transformando,
Incansavelmente, perenes danças;
e enquanto, nos séculos, já gerados, Prossegue a passagem das Horas,
Germinando debaixo (o passo) de tuas rodas sempre girantes.
(Tradução de Andre Nogueira)