ÁRTEMIS
Domínios: Caça, Animais selvagens, Crianças, Coros (musicais), Doença; Parto, Meninas
Animais: Cervo, Urso, Javali, Galinha-d'angola, Codorna; Cães, animais selvagens e fêmeas
Plantas: Cipreste, Nogueira, Flor de amaranto
Símbolos: Arco Dourado e flechas, Lanças de caça, Lira, Cervo; Lua crescente
Cores: Verde
Ofertas: Pedra-da-lua, pérola, cristal, damiana, amendoeira, cerveja não-fermentada, aveleira, olíbano, jasmim, ginseng, cânfora, babosa, chá de melissa/erva-cidreira, eucalipto
Epítetos: Agreia (Caçadora), Agrotera (da Vida Selvagem), Arktos (a Ursa), Cedreatis (Cedro), Daphnaia (da Folha de Louro), Delia (de Delos), Eukleia (Gloriosa), Hegemone (a que Conduz), Karytis, Keladeine (da Caçada), Koruthalia (Donzela-do-Loureiro), Kynthia, Laphria (da Caça), Leukophruene (da Fronte Branca), Limnatis (dos Pântanos), Lokhia (Protetora dos Nascimentos), Lygodesma (Salgueiro), Megale (Grande), Ortheia (a Para Cima), Parthenos (a Virgem), Phoebe (Brilhante), Phosphoros (que Traz a Luz), Potnia Theron (Senhora dos Animais), Puronia (Flamejante), Sosipolis (Salvadora da Cidade), Soteira (Salvadora), Tauropolos (Caçadora de Touro).
Festivais: Apaturia (3 dias em Puanepsion), Brauronia (data desconhecida), Elaphebolia (6 Elaphebolion), Kharisteria (6 Boedromion), Mounikhia (16 Mounikhion), 6º dia do mês helênico
Hino Órfico 36 - A Ártemis, com fumigação de maná:
Ouça-me filha de Zeus, rainha celebrada, Bromia* e Titanis, de conduta nobre; a que em dardos se rejubila e em tudo brilha, a Deusa portadora da tocha, a divina Diktynna*. Sobre os nascimentos presides e és uma donzela a cujas dores do parto concedes pronto auxílio; aliviadora da cinta, e de cuidado dobrado, feroz caçadora, gloriosa na guerra silvícola; veloz em seu curso, habilidosa com flechas temíveis, a que perambula pela noite, se rejubilando nos campos; a de forma valorosa, ereta, de mente generosa, ilustre Daimon, enfermeira da humanidade; imortal, terrena, ruína dos monstros caídos, esta tua abençoada donzela, nas montanhas arborizadas habita; adversária do veado, que se delicia em florestas e cães, na juventude infinda tu floresces bela, clara e brilhante. Ó rainha universal, augusta, divina , de formas variadas, o poder Cydoniano é teu. Deusa guardiã da veneração e respeito, com mente benigna, auspiciosa vens, aos ritos místicos inclinada; dê a terra um estoque de bonitos frutos a colher, envie paz gentil e saúde, com um cabelo adorável, e para as montanhas dirija a doença e o cuidado.
*Bromia = a ruidosa, a primeira tempestade // Diktynna = senhora das redes de caça, deusa do monte Dikte, onde Zeus nasceu.
Hino Homérico IX - A Ártemis
Musa, eu canto a Ártemis, irmã daquele que atira longe, a virgem que se delicia em flechas, a que foi criada com Apolo. Ela abastece seus cavalos do profundo mel da cana, e rapidamente conduz sua dourada biga através do Smyrna até a vinícola Claros onde Apolo, deus do arco prateado, fica sentado esperando pela deusa que atira longe e que se delicia em flechas. E então saúdo a ti, Ártemis, em meu canto, e a todas as deusas também. A ti primeiro eu canto e contigo eu começo; e, agora que comecei contigo, cantarei outra canção.
Hino Homérico XXVII - A Ártemis
Canto a Artemis Khryselakatos (de setas douradas), Keladeine (de voz forte), Parthenon Aidoine (a virgem venerada), Elaphebolos (que caça cervos), Iokheaira (que se encanta em flechas), irmã de Apolo Khrysaor (da espada dourada). Sobre as colinas sombrias e picos com muito vento ela toma seu arco dourado, rejubilando-se na perseguição, e envia setas atrozes. Os topos das altas montanhas tremulam e a entrançada floresta ecoa temerosamente com o grito das feras: a terra treme e o mar também, onde os peixes formam cardumes. Mas a deusa com um coração corajoso se volta por todo o caminho, destruindo a raça das feras selvagens: e quando ela está satisfeita e tem o coração animado, então a Theroskopos Iokheaira (caçadora que se delicia em flechas) afrouxa seu arco flexível e vai até a grande casa de seu querido irmão Febo Apolo, à rica terra de Delfos, ali para ordenar a adorável dança das Musas e das Cárites (Graças). Lá ela pendura seu arco curvado e suas flechas, e comanda e conduz as danças, graciosamente enfeitada, enquanto todos pronunciam suas vozes celestiais, cantando como a Leto de hábeis tornozelos pariu as crianças supremas entre os imortais, tanto em pensamento quanto em ação. Saudo a ti, filha de Zeus e da Leto de ricos cabelos! E agora me lembrarei de ti e de outra canção também.
(traduções da Alexandra)
Hino Órfico 1 a Prothyraia, com incenso de estoraque.
Ouve-me, ó deusa multi-insigne, nume de muitos nomes,
auxiliadora dos trabalhos de parto, doce visão às puérperas;
salvadora das mulheres, só tu que amas as crianças; afável,
rápida parteira, presente ao lado das jovens mortais, Pórtica [Prothyraia],
detentora das chaves, acessível, que ama nutrir, gentil a todos, (5)
tu, que reges os lares de todos e rejubila-te nas festividades,
invisível assistente das mulheres em parto, mas visível em todos os feitos;
Ilítia, libertadora de penas para as que estão em terríveis necessidades!
Só por ti chamam as puérperas, ó conforto das almas,
Pois em ti está o fim e o alívio das dores do parto, (10)
Ártemis Ilítia † e † insigne, Pórtica [Prothyraia]!,
Ouve-me, venturosa, dá-me a geração sendo tu auxiliadora,
e salva-me, pois és por natureza a salvadora de todas sem exceção.
(Tradução de Rafael Brunhara)