Atena e seus Epítetos Eu saúdo a Deusa Atena em todos os seus sobrenomes. Atena Pronoia, a Providência; Atena Aglauro, o aspecto escuro; Atena Pândraso, o aspecto brilhante e a oliveira sagrada; Atena Selene, a lua; Atena Gorgópis, a do rosto de Górgona; Atena Helótis, a de rosto largo; Atena Glaukopis, a dos olhos cinzentos de coruja; Atena Tritogênia, a que nasceu da água; Atena Etíia, o pássaro marinho; Atena Heféstia, a noiva de Hefesto; Atena Ária, a guerreira de Ares; Atena Ergane, a dos trabalhos manuais; Atena Alalcomene, a que fia e tece; Atena Hígia, a companheira de Asclépio; Atena Polias ou Poliuco, a protetora das cidades; Atena Tritéia, a protetora dos heróis; Atena Auge, a lustrosa; Atena Etra, a brilhante; Atena, a Deusa para quem Zeus - ao vê-la saltar da cabeça do pai - fez cair uma chuva de ouro. (organizado por Alexandra E.N.) Hino 8 a Atena Filha augusta de Zeus Cronida Oliveira a brotar reluzente de meu espírito Tu, soberana em terra e na água nas profundezas do Tártaro ou nas altura gloriosas do Olimpo Eu que sempre me fiz fiel e leal a teus princípios Senhora dos elementos a brandir a ordem de Zeus Pai com tua lança e a incitar força e coragem no meu coração Inventiva, nascida da cabeça dEle a gritar os cantos de batalha em voz altissonante Óh! Ergane,Palas, de olhos verde-mar amedrontadores a luzir no escuro da noite Auxiliadora, do bom conselho Sempre Virgem e Forte, Armada de Bronze Conduzindo os batalhões aos campos Esteja sempre ao meu lado, Magnânima e sempre que eu ver teu brilhante olho ou tua firme voz possa eu ter certeza de que és Tu, senhora de mim a conduzir meus passos e a incitar em mim coragem para sempre ir em frente para ser sempre forte e ir ao encontro do que me espera! Possa ser eu sempre digno de contemplar tua face Dourada e sábia, deusa das batalhas! Verte sobre mim o óleo de tua graça e que a ventura me seja sempre solícita posto que és Tu, quem estás a meu lado. Óh Athena, ouve minha voz pois é para Ti, tudo que digo aqui. Estente Tua mão sobre os homens e mulheres desta terra e nos faz forte e vigorosos como teus verdadeiros filhos descendentes da raça dos Heróis Somos todos os Portadores da Vitória porque é teu nome que Cantamos, Vitoriosa! (por Thiago Oliveira) Hino a Atena Rainha de Sabedoria, Augusta Mestra, Lanterna que me Guia, E Sábia Deusa, Abra minha Mente E Coração às tuas Palavras. Marechal de Sabedoria, Tu concedes o dom logo que assim decides, Como uma Lança de Glória Anunciando teu Poderoso Golpe, Ou como uma Coruja Silenciosa Ágil no Vento das Noites com Largas Garras! Poderosa Mestra, Deixe-me ser renascida de Teu Raio! Anule as Veias Escuras de nossas mentes mortais, Corte-as fora como uma espada! Queime as Teias com tua Tocha Sagrada, Receba-nos no teu Lugar Sacro, E Ilumine o Pórtico dos Arcos. O homem tem se afastado do teu caminho, Ele tem se deixado levar da tua Mão Convincente, Por arruinados Espíritos, Almas e Terras; Remolde-me no teu caminho sublime, Para respirar mais uma vez, Primeira-Alma, eu te peço! (autor desconhecido) Hino à Atena (baseado em Apollonius Sophistes) Inspire-me, ó Musa, Encha minha mente de música, Para que eu possa exaltar Atena, há tanto tempo adorada, Mas que jamais pelos anos deixou de ser lembrada. Os dois hemisférios do mundo suplicam à Donzela De olhos brilhantes e sublime face bela, Para que conceda suas graças e nos deixe vê-la, Aquela que levou os heróis a lutarem e a temê-la, Agindo com ações nobres e pela glória, ainda vivos. Eu canto de Atena a sua primeira aparição, Para os homens e para os deuses maravilhosa visão. A história começa com Métis, Filha de Oceano e Tétis, Ambos antigos Titãs, e selvagens Deuses Primordiais. A diligente Métis era mais sábia que qualquer Deus – Ela quem fez sair da boca de Cronos o poderoso Zeus. Ela deitou-se por amor com Bronteu abaixo de um ramo, Que era agitado pela testa desse hábil ciclope subterrâneo, Que fez para Zeus o mais brilhante raio flamejante. Uma semente foi formada, Que misturou a habilidade ao pensamento, E cresceu dentro da amada Em seu ventre de redondo estiramento. Com receio ouviu Zeus da gravidez de Métis, Porque Ele temia uma grave catástrofe: Perderia o brilhante raio flamejante Seu Para uma ferramenta de maior luz, de Bronteu. Então Zeus tentou a gravidez da Deusa tomar, E sua semente em Métis empenhou-se em plantar, Ela esquivou-se Dele em pássaro se transformando E, desesperada, assim foi Dele escapando. Mas, já em ganso transformada, Métis finalmente Foi tomada por um cisne, que era Zeus, o insistente. O Senhor dos Trovões misturou sua semente da Vontade Com o Conselho de Métis e de Bronteu a Habilidade. Foi Ele quem então à Métis um conselho deu E com palavras astutas Ele a ganhou, e assim Lançou no próprio ventre o que Métis recebeu E concebida foi Atena no ventre Dele enfim. Mas quando chegou o tempo do seu nascimento, Levantou-se a Deusa Atena dos quadris de Zeus, Subiu-lhe pela espinha e, na cabeça do Deus, Estreitou-lhe o cérebro, causando-lhe sofrimento. Rosnando então de dor, Zeus ordenou a Hefesto Que o mestre das artes ígneas a tirasse de Sua testa. O sagrado machado do artesão girou E com um raio sobre Zeus o mundo balançou, De sua cabeça Atena, salta a Deusa então, Em bronze reluzente e com uma lança na mão. Por seu grito selvagem os Deuses foram tomados, Mas ela riu, com seu elmo, lança e armadura, E os Deuses, do medo, foram então recuperados Ao verem os olhos brilhantes de tão sublime criatura. Admiraram a donzela já crescida, encantados, Ela, como a coruja, tinha os olhos largos, Ninguém escapa de tal visão de vários planos Da conselheira mais sábia entre os Olimpianos. Hefesto, Mestre do Fogo, pediu uma retribuição Como parteiro de Zeus, querendo suavizar então Sua raiva de Afrodite e Sua vergonha quando Hera o derrubou e o fez andar mancando. O Pai, esperando Seu orgulho restaurar, Concordou ao filho artífice, Hefesto, dar A que de olhos brilhantes era ainda donzela E a tomasse como noiva, à revelia dela. Embora amiga dos homens, Atena abominou Uma vida como a de sua mãe, e Dele se esquivou. Voaram através do oceano, da terra e do ar Até Hefesto em um canto Atena encurralar, E lá ele empurrou sua impulsiva espada Entre as coxas dela, ao vê-la então cercada. Mas Ela, rapidamente, Dele se virou Antes que Seu prêmio Ele reclamasse E embora Sua semente ali já espirrasse Pela barriga Dela foi que a tal escorregou. Irada, com lã, Atena se esfregou, E assim Hefesto humilhação sentiu Pois Sua seiva ardente, da pele Ela tirou E foi no ventre da Mãe Terra que ela caiu. De Géia, assim então, nasceu curiosamente O cripto Erictônio, um homem-serpente. Preso em seu berço ele dorme, e Atena Para não ser visto, que ali fique, ordena. Quando as amas o viram e morreram de medo, Atena para o Céu consigo o levou, Dos Olimpianos escondeu-o e, em segredo, Com seu seio desnudo ela o amamentou. Quando ele cresceu, rei de Atenas o fez Ela, E pernas de serpente ainda são sua parcela; Seu teste era trazer a adoração de Atena Seu legado era fazer a primeira Panatena. E, desde aquele tempo, sempre que queremos Agradar Seu coração, preces a Ela elevemos, Em palavras como estas: -- Atena, ouvi-me, protetora Donzela, -- Filha do Pai poderoso, ajude a aquela -- Que em todo audacioso empenho tens auxiliado, -- Companhia no qual guia sempre tenho confiado; -- Você sabe das promessas que eu tenho cumprido, -- Então, por favor, eu rogo, seja amigável comigo, -- Ponha suas mãos sobre meus trabalhos agora -- E dê-me sucesso na vida e na presente hora. Então saúdo a ti, Atena, filha da Sabedoria viva, És fonte de pensamento e ação enfim unidos, És a Deusa de olhos brilhantes e de abundante juízo, O qual é o primeiro pré-requisito de uma ação efetiva. E saúdo a todas as Deusas dos tempos passados, A todos os Deuses antigos que nós temos adorado! Talvez seja agradável a Seus ouvidos minha canção; Se assim for, frutíferos dons me concedam então. (tradução, rimas e enredo refeitos por Alexandra E.N.) |